O mercado de jogos independentes brasileiro está mais aquecido do que nunca. Diversos títulos estão saindo para todas as plataformas, do PC ao Nintendo Switch, sendo inclusive aclamados pelo público lá fora. E um mercado tão importante e adorado pelos brasileiros como os jogos de luta não ficaria de fora, e agora temos mais um título deste gênero sendo desenvolvido em terras tupiniquins.
Trata-se do Pocket Bravery, desenvolvido pelo Statera Studio, e idealizado por Jonathan “Jon Satella” Ferreira e Anderson Halfeld, com a ajuda de outros artistas talentosos na àrea de roteiro e programação, entre outras. Inicialmente planejado para ser um jogo aos moldes de “the King of Fighters XIII” o projeto foi remodelado para seguir um estilo que remete à jogos como “Pocket Fighter” e “The King of Fighters R-1” do Neo Geo Pocket, permitindo uma maior praticidade no desenvolvimento de novos personagens, mas sem abrir mão de todos os principais aspectos do gênero. Por falar nestes aspectos, os desenvolvedores fizeram um tutorial em vídeo para explicar as principais mecânicas do título:
Neste alpha que tivemos acesso, apenas o personagem Nuno se encontrava disponível (com várias cores diferentes), mas a tela de seleção mostra um total de 11 personagens possíveis, sendo um deles o boxeador Sebastian e outro a misteriosa Ximena, já apresentados nas redes sociais do projeto. Neste local é possível configurar o controle, além de ver um infográfico com os golpes especiais e os atributos de cada personagem, de uma forma facilmente compreensível até para jogadores novatos. Como opções nesta versão temos como jogar partidas contra um oponente humano e contra o computador, que apresenta uma boa inteligência artificial, e não apenas reage aos nosso golpes.
O visual do jogo possui belas cores que ajudam a entender melhor o que está acontecendo na partida. Os cenários já mostrados são belíssimos, contando com uma população dinâmica a la SNK, e conta com uma paleta mais suave, que ajuda a se diferenciar da ação que ocorre em primeiro plano, como bem ensinado pelo artista principal do jogo em seu curso de desenho em pixel art. Os personagens possuem um contorno bem definido, e contam com corpos pequenos e membros e cabeça exagerados, que ajudam a medir o alcance e a área de acerto dos golpes, além de passar uma alta expressividade.
A trilha sonora é inspirada em clássicos dos anos 90, o personagem já conta com dublagem para os seus golpes (em português), e um narrador marca o início e o fim de cada round (em inglês). Um belo som dinâmico faz com que você escute os golpes do personagem no lado em que ele estiver na tela, caso possua um bom som estéreo disponível. Detalhes como este são geralmente negligenciados em projetos pequenos.
A equipe promete incluir vários modos no futuro, incluindo suporte online, mas no momento estão se dedicando em desenvolver a jogabilidade e o balanceamento de um personagem de cada vez. Uma beta aberta ao público será disponibilizada por volta de setembro, e iremos informá-los assim que isto ocorrer. Projetos como este sempre são bem vindos, e mostram que existe demanda para todos os tipos de jogos, contando que uma equipe dedicada esteja disposta a torná-los reais.
Atualizações sobre o projeto são disponibilizadas frequentemente no canal do YouTube, na página do Facebook, e no canal do Discord, mostrando o progresso de cada aspecto do jogo, desde a UI, passando pela dublagem até o online. Por fim, fiquem com uma bela análise em vídeo do jogo feita pelo Rafael do canal Jogos de Luta Brasil, onde ele faz uma análise completa da jogabilidade do personagem Nuno:
A Versão Alpha do jogo foi fornecida generosamente pelos desenvolvedores.