Under Night in-Birth: EXE Late sairá nos consoles em breve, mas muita gente já teve acesso à ele importando do Japão. Mas chegando agora ao ocidente e sendo mais acessível será possível comprá-lo facilmente, mas vale a pena? Confira a seguir no Review traduzido da BGames.
Review
“Hollow Night”, um rumor espalhado para e por jovens nas escolas. Cercado por uma grande e escura sombra na forma de uma pessoa que apaga toda luz em sua volta, e a sensação de ser engolido por uma profunda escuridão.
Aqueles devorados pelas sombras perdem a alma. Alguns vagam pela Hollow Night eternamente, outros simplesmente perecem. Tal fenômeno misterioso só pode ser considerado piada, um conto de fadas que ouve-se por aí. Não há explicação para aquilo que não pode ser mágica ou maldição. Casos e mais casos dos incidentes misteriosos continuam.
E é assim que começa a história de Under Night in-Birth, um jogo de luta 2D e visual novel criados pela French Bread e Ecole Software, que também fizeram a série Melty Blood. Também foram responsáveis por desenvolverem Dengeki Bunko Fighting Climax, outro jogo de luta baseado em anime que sairá no Ocidente mais tarde nesse ano. A versão do jogo é a retocada da versão Arcade, balanceada e relançada pela Arc System Works, os criadores de Guilty Gear e BlazBlue. O pedigree deste jogo é insano e foi uma das coisas boas que vi quando chamou minha atenção.
A história do jogo é baseada em um fenômeno misterioso chamado “Hollow Night”, onde criaturas conhecidas como Voids vagam e atacam pessoas que as percebem roubando a alma delas. Porém, se uma pessoa sobreviver ao ataque, elas renascem como um ser In-Birth, nem vivo nem morto, e com misteriosas habilidades. E mais, há 2 facções que buscam controle nas áreas afetadas pela Hollow Night: Os Yato são caçadores que focam em atacar os Voids enquanto a outra facção, Litch Kreis, procura manter a ordem e proteger os cidadãos. Há outra 3ª facção misteriosa chamada Amnesia, que busca criar o caos e perturbar a influência das outras 2 facções.
A história é focada em personagens de ambas facções, e é a partir daí que você conhece mais sobre o mundo e os personagens quando se joga com eles no Arcade Mode. Cada personagem tem sua própria história, como em BlazBlue, onde você conhece mais sobre cada personagem jogando na história deles. Cada história individual é interessante e fala sobre as conexões deles com outros personagens, assim como as ambições e metas. É um pouco mais detalhada e aprofundada do que a maioria das histórias de Arcade são, e gostei de conhecer cada personagem mais afundo quanto joguei. A história porém é somente um plano de fundo para os criadores fazerem os personagens, que são extremamente originais, e memoráveis de alguma forma. É um elenco variado que é bem difícil de esquecer, e todos são bem desenhados. Com isso dito, para um jogo que é baseado em uma visual novel, a história é um pouco simples. Queria que houvessem mais diálogos entre os personagens.
O jogo possui todos modos básicos, como Time Attack, Score Attack, assim como opção de salvar replays, e customizar seus perfis online, nameplates e até mesmo cor dos personagens. Apesar de não haver novidades no gênero, todos os modos são bons, mas o desenvolvimento parece ter sido focado nas lutas 1 vs 1 básicas, o que não é uma coisa ruim.
A arte do jogo é realmente maravilhosa, com sprites perfeitamente animados, animações das batalhas, e efeitos que pipocam como fogos de artifício em você, intensificando a ação e fazendo com que as batalhas sejam um espetáculo de assistir. Todas as fases são renderizadas em 3D, o que dá profundidade real à animação 2D e previne que o estilo pareça muito achatado. O estilo anime nunca pareceu tão bom, e acho que este pode ser o melhor jogo animado com sprites até hoje.
A música é igualmente impressionante, com trilhas sonoras variadas de muitos gêneros, produzida por uma orquestra de instrumentos que se juntam e misturam muito bem para compor os tons das fases e batalhas. Também é possível misturar qualquer fase com qualquer música, se tiver preferência por alguma. A maioria dos jogos de luta japoneses tem lindas músicas, e esse jogo não é exceção.
O sistema de luta também é impressionante, com a barra de super básica para EX e super combos estando presente, mas em Under Night, há também uma mecânica chamada Grind Grid. Basicamente, o Grind Grid funciona como uma máquina de momentum, onde o jogador ganhar mais e mais grind meter por fazer coisas que o jogo determina como superior, como correr em direção ao oponente ou acertar um golpe. Quando mais barra você tiver, mais opções são abertas à você, como usar um escudo para bloquear chip damage, ou fazer seus combos ficarem maiores. É um sistema interessante que realmente fazem as lutas serem mais rápidos e interessantes, sem que um lado seja dominante, já que a Grind Grid pode ser roubada com facilidade.
O sistema de combos merece elogios também. Com cada botão sendo combavel em outros botões, isso faz com que seja fácil de usar mas difícil de masterizar. É fácil para novatos pegar e jogar, e abre mais profundidade para incríveis combos que são simplesmente incríveis de assistirem. Jogadores veteranos e novos gostarão do sistema, já que é o jogo de luta perfeito pra pegar e jogar, até mesmo para pessoas que não sabem jogar bem um jogo de luta.
Eu testei o jogo Online também, já que já saiu no Japão. Mesmo enfrentando pessoas do Japão, e de todos Estados Unidos que importaram o jogo, o jogo fluiu perfeitamente assim que se sincronizava, resultando em uma conexão virtualmente perfeita. Distância não é um problema para o jogo, já que eu enfrentei pessoas do Japão sem lag no botões ou latência notável. Qualquer um que estiver procurando por um novo jogo de luta para jogar com amigos distantes, ou simplesmente jogar online sem se preocupar com problemas na conexão, deveria escolher Under Night in-Birth.
No geral, esse jogo é incrível. Tem tudo que um jogo de luta bom deveria ter: Um elenco de personagens originais que tem seu próprio estilo de jogar, um sistema de combos que abre portas para novos jogadores e veteranos, e um modo online que permite salas multiplayer com espectadores e conexões online perfeitas. Essas são apenas uma das razões do porque esse jogo vale a pena. Com um pacote quase perfeito, Under Night in-Birth talvez seja um dos meus novos jogos de luta favoritos.
Nota do autor: Para clarificar, quando disse “O jogo é baseado apenas no 1vs1” quis dizer que não havia modo Tag Team ou opções multiplayer além do versus básico. Como um jogo de luta eu entendo que o propósito do jogo é o 1vs1 e não acho que combate 1vs1 é uma fraqueza mas sim um dos pontos fortes do jogo.
Nota
- 9/10
Pontos Positivos
- Lindos gráficos
- Sistema de combos que é fácil de jogar, difícil de masterizar
- Online Play quase perfeito
Pontos Negativos
- Não há modos de jogo inovadores
- Jogo é baseado apenas no 1vs1
Fonte: BagoGames
