(Artigo Opinativo) Fliperama, por que acabou?

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Mais um excelentíssimo texto escrito por Daniel Sacramento (que nos foi enviado via e-mail) que dessa vez fala um pouco da cultura nos “Flippers” de antigamente e como anda a geração “Online” de hoje. Será que a mudança do local das jogatinas também mudou a maneira como os novos jogadores encaram os jogos de luta? É o que o texto no ponto de vista do Daniel responderá. Boa leitura! Ah, e também confiram o texto anterior dele e outro sobre a história dos fliperamas no Brasil:

Fliperama… Por que acabou?

Algo que entristece profundamente os gamers “Raiz” é a ausência de fliperamas hoje em dia. Não tenho a dimensão de como está essa cena em outros estados, pois sou carioca, mas sei que aqui no Rio está praticamente extinto.

Motivos não faltam para esse cenário. Motivos que não acho justificáveis a meu ver, pois nós que somos da geração de 1980 pra cá deixamos a peteca cair, mas os motivos “justificáveis” são palpáveis também. Os games online vieram e devastaram o contato social, a zoação saudável, as amizades longas. Essa cena moderna é fria e enjoada, todos se achando gamers demais com tudo mastigado no YouTube, tudo mesmo… Combos, especiais, lista de golpes. Sou da época que eu tinha que sonhar com algum combo, arrumar 30 centavos e ir no flipper tentar executar. O flipper cheio, todos indo “ao encontro do mais forte”, parafraseando o desenho Street Fighter.

Éramos felizes sem saber. Hoje é essa geração “Mimimi” que no headset te xinga e implora pra você parar de “macetar”, porque não sabe pular uma magia. Me parte o coração ver essa geração Street Fighter V com comunidades nas redes sociais hostilizando quem não joga seu jogo, chamando de “retardado” entre outros xingamentos, por puro fanatismo e falta de habilidade de jogar mais de um jogo. Sou da época que a galera jogava vários jogos de luta e quando rolava o contra, se você perdesse em um e corresse pra outro, eu largava a ficha pra ir te caçar, porque eu era bom em tudo ao mesmo tempo.

Esse fanatismo que está segregando a cena e matando as jogatinas das tardes de sábado, porque ou você leva duas ou três TV’s, ou você nem vai pra não “perder”… Geração que não sabe perder.

Essa é a geração “Z” = zero conexão com o que é vivo. Bom jogo online aí pra você…

Daniel Sacramento

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